quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

VIAGEM AO CHILE

Por Jônatas Martins Lopes
28 de setembro a 11 de outubro de 2010
  Um sonho que se realizou!
         Quando pastoreei a Primeira Igreja Presbiteriana Renovada em Foz do Iguaçu conhecemos o senhor Josias Anacleto de Aguiar e sua esposa Alessandra Maria Amâncio. A situação deles não era nada boa, ele estava desempregado e morando em uma casa completamente desprovida de mudança. Tudo que tinham eram duas panelas e um fogareiro de duas bocas que usava em suas viagens como caminhoneiro no tempo e que estava empregado. Desesperado e sem expectativa de futuro, sem dinheiro e nada para alimentar a si e sua família que no momento era composta pela esposa Alessandra, o Matheus e a Vitória, caminhando pela Avenida Mário Filho, uma igreja evangélica o atraiu. Como estava afastado da fé cristã e sua igreja de origem, sentiu um desejo ardente em seu coração de assistir a um culto ali. Decidido, ao regressar ao lar, comunicou a esposa e na noite seguinte lá estava o Josias. Segundo ele mesmo nos contou, o culto foi maravilhoso e, ao apelo do dirigente respondeu: - No próximo culto virei com minha esposa e junto decidiremos por Jesus. E foi o que aconteceu. Na noite seguinte pude observar o casal entrando na igreja. Assim que se assentaram fui cumprimentá-los e sem perca de tempo me dirigi à dona Alessandra e fiz o convite para que tomassem a firme decisão por Cristo. De pronto os dois disseram sim ao apelo. Conversamos rapidamente porque o culto já ia começar. Ele me passou o endereço de sua residência e no dia seguinte eu e minha esposa fomos visitá-los. Na conversa que tivemos pude sentir firmeza e espontaneidade no casal. Sensibilizados com a situação ali encontrada, fiz algumas indagações incluindo nesta entrevista sua profissão: - Sou carreteiro, respondeu. - Vim para Foz do Iguaçu sob a promessa de um emprego que durou apenas um mês e hoje estamos na situação que o senhor pode ver com seus próprios olhos! Diante da realidade pedi que no outro dia comparecesse em nossa residência, munido de seus documentos para que eu pudesse preparar seu Currículo na intenção de protocolá-lo nas Empresas de Transportes existentes em nossa cidade. Preparado o documento, conversei com um de nossos presbíteros, o irmão Neuride que tinha um sobrinho trabalhando em uma transportadora de renome. Assim que o currículo chegou às mãos do gerente desta empresa mandou que o irmão Josias se apresentasse no dia seguinte e, por uma verdadeira providência divina o nosso irmão saiu dali empregado!
         Bom, como eles não tinham absolutamente nada dentro de casa, unimos os irmãos e mais um milagre aconteceu. Alimentação, cama, guarda-roupas, armário, mesa, cadeiras, fogão, roupa de cama..., foram aparecendo, e assim a vida deste casal foi aos poucos se transformando. Mas como tudo estava acontecendo muito rapidamente, e o senhor Josias muito reclamão eu o avisei: - Josias, cuidado, uma decepção pode vir por aí, fique atento, e se vier não se desespere! Tudo dará certo, fique firme com o Senhor Jesus e não decepcione a igreja! Pois é, não demorou e as provas de fé e perseverança começaram e olha o Josias desempregado de novo! Agora, morando em uma boa casa e pagando aluguel as coisas começaram a se complicar. - Pastor Jônatas, o que eu faço agora? - Nada, respondi. Agora é com Deus, tudo o que temos que fazer é orar e espalhar alguns currículos pela internet e esperar. Logicamente que o dono da casa pediria a desocupação do imóvel já que não tinham mais como pagar o aluguel, o que não demorou a acontecer.
         Em um belo dia eu estava no quintal de nossa residência e ouvi um barulho anormal no pátio da casa vizinha onde morava uma família cujos pais trabalhavam e as crianças que passavam os dias sozinhos me incomodavam com suas traquinagens. Então resolvi por curiosidade dar uma espiada por cima do muro e pude observar que um senhor forte realizava uma verdadeira faxina, visto que os antigos moradores aviam se mudado sem que percebêssemos. Cumprimentei-o e ele me relatou que como dono do imóvel, o havia cedido àquela família que não cuidara como deveriam e se não bastasse ainda deixam de pagar vários talões de luz e de água. - Como mantenho aqui nos fundos um deposito de ferramentas para construtor tenho urgência em conseguir outra família para residirem nesta propriedade sem a obrigação de pagar aluguel. Foi neste momento que me lembrei da família Aguiar. Então disse a ele, - eu tenho uma família de confiança para morar em sua propriedade! - O Senhor tem mesmo, pastor, me perguntou ele. - tenho sim, e posso ver isso para o senhor agora mesmo. Liguei para o irmão Josias, mas foi sua esposa quem atendeu ao telefone. Disse a ela que queria falar com seu esposo e que tinha uma bênção para eles. Como o Josias não se encontrava no momento, relatei a ela sobre a casa e a proposta do não pagamento do aluguel. A casa não era boa, bem fraca na verdade, mas ela aceitou assim mesmo já que deveriam desocupar a casa em que moravam em três dias e que essa nova oportunidade oferecia a vantagem de economizar o aluguel.
         Sem pagar aluguel e feliz em poder contar com o apoio do pastor e dos membros da igreja, seguia sua vida ganhando por dia ou por viagem em alguma empresa que precisavam de seus serviços até que Deus lhe desse uma nova oportunidade, o que não demorou muito para acontecer.
         Registrado que foi na Transportadora Falls Internacional, que é o que ele mais sabe fazer; viajar pelo MERCOSUL - Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Bolívia e outros países como Equador e Guiana francesa, seguiu sua vida, trabalhando e servindo ao Senhor. Hoje, outubro de 2010, o irmão Josias, a esposa Alessandra e seus três filhos estão bem e ainda moram na mesma casa dês de 2006.        
         Empregado na T. Falls Internacional viaja quase que exclusivamente para o Chile exportando e importando produtos; propôs em seu coração me levar em uma de suas viagens para conhecer as maravilhas existentes neste longo trajeto de aproximadamente 2.500 quilômetros entre Brasil, Argentina e Chile cujo ponto principal é as Cordilheiras dos Andes como recompensa pelo que, segundo o casal fizemos no passado ajudando-os a recomeçar a vida.
         Um pouco preocupado por causa da minha idade, não que seja velho, apenas 63 aninhos, mas mesmo assim achei que poderia me cansar muito ou sofrer alguma dor de cabeça, muscular ou a famosa dor na coluna. Mesmo assim aceitei o desafio diante da espontaneidade desta querida família. Deus aprovou nossa viagem inesquecível, não cansei e não foi necessário tomar um só comprimido em toda a nossa viagem!
ENTÃO VAMOS VIAJAR - BRASIL > ARGENTINA > CHILE.
           Principais cidades ao longo de nossa viagem. No  Brasil: Janiópolis, Campo Mourão, Cascavel e Foz do Iguaçu. Na Argentina: Puerto Iguazu, Vanda, Colônia, Delicia, Puerto Esperanza, Pirai, Eldorado, Puerto Rico, Jardin America, Gobernador Roca, San José, Pousadas, Gobernador Virasoro, Puerto, San Tomé, Paso de Los Libres, Cuatro Bocas, San Jaime, Federal, Parana.  (Túnel que passa por baixo do Rio Parana).  Santa Fé, San Luiz, Vila Mercedes, Rio Cuarto, Las Varas, Mendoza. No Chile:  Los Andes, Santiago, Mostazal, Rancagua, San Fernando e Curicó -  final de nossa viagem.
         Sai de Janiópolis - PR no dia 28 de setembro de 2010 às 8h30mn, no meu carro, um Santana CD, ano 1986, féra, pilotado por meu amigo Geraldo José dos Santos, (Conselheiro tutelar), que prestou a gentileza de me conduzir até a cidade de Campo Mourão - PR, de onde embarquei às 10h45mn pelo Expresso Maringá rumo a Foz do Iguaçu aonde cheguei às 16 horas. Da Rodoviária, liguei ao irmão Josias que me orientou a tomar uma lotação e seguir até sua residência no Bairro Morumbi II distante aproximadamente cinco quilômetros. Fui recebido com alegria pelo Matheus e por sua irmãzinha Vitória que anunciaram minha chegada à irmã Alessandra. O irmão Josias chegou mais tarde. A carreta já estava na Aduana brasileira aguardando a liberação da carga de ropeiros (guarda-roupas) que seria exportada para Santiago, capital chilena. Na noite do dia 28 fomos à Igreja Presbiteriana Renovada que por sinal é ao lado da casa do casal Aguiar. Ao entrar na igreja pude presenciar a satisfação dos irmãos que ali se encontravam e que por ironia do destino foram nossas ovelhas no período 2004/2006. O pastor Wagner me concedeu um espaço de tempo no qual tive a oportunidade de compartilhar aos presentes o quão Deus nos abençoou nos anos que se passaram. No dia 29 do mesmo mês, como a carga ainda não tinha sido liberada aproveitei para rever amigos. Encontrei meu ex-professor de Informática e o proprietário do Mercadinho Veiga onde a gente comprava algumas poucas coisas pela facilidade de ser nosso vizinho. Depois do almoço visitei o presbítero Neuride em sua residência onde tomei um delicioso café coado na hora por sua filha caçula. Depois de um bate-papo com toda a família e recordado algumas lembranças, ele aproveitou para me exibir o seu carro novo. - Bom, tenho que aproveitar o tempo para visitar mais alguns dos velhos amigos, disse a eles - Onde o senhor pretende ir agora? - Eticamente tenho que fazer uma visita rápida ao pastor Wagner, respondi. - Eu o levo de carro, disse. Mais um cafezinho gostoso na residência do pastor e, dessa vez, depois de orarmos, foi ele quem me conduziu até a casa do presbítero Francisco e da casa de sua filha Cristina esposa do presbítero Manoel, cujas residências são no mesmo quintal. Passamos ali momentos agradáveis relembrando as bênçãos que Deus nos proporcionou nos tempos em que fui pastor daquela igreja. A meu pedido, a irmã Cristina não serviu o tradicional cafezinho; apenas tomamos algumas cuias de chimarrão, oramos e a seguir o pastor Wagner me conduziu de volta a casa da família Anacleto.
         Tomei uma ducha, jantamos e, entre uma conversa e outra, a irmã Alessandra me pediu que realizasse alguns reparos em seu computador. Fiz os reparos necessários, vimos votos e aproveitei para ensiná-los alguns segredinhos básicos que facilitam a vida dos principiantes no mundo digital. Já era madrugado quando nos lembramos de olhar no relógio. - É hora de dormir, disse o chefe da casa. No outro dia, como é meu costume, pulei da cama bem cedinho, mas para minha surpresa o casal já estava no sofá da sala tomando chimarrão. Assim que me viu levantado tratou de coar o café, minha bebida predileta. Não demorou muito e o celular tocou. Era o funcionário da Aduana Brasileira avisando que a carga estava liberada, e que, ele deveria se dirigir ao escritório para retirada dos documentos.
        
         E assim, as 10 hora e 30 minutos do dia 30 de setembro de 2010, finalmente o irmão Josias me apanhou no portão principal da Aduana onde eu e o pastor Wagner Benício de Sales que nos havia conduzido em seu carro aguardávamos pela sua saída. Estava em fim começando a nossa viagem. O pastor Wagner e o Josias ajeitaram as minhas malas atrás do banco, nos despedimos e ainda meio apreensivo com tudo o que estava acontecendo embarquei na cabine do bruto. Depois do tradicional thiauzinho, a carreta pilotada pelo nosso motorista internacional tomou a BR 277. E mais adiante a Avenida Paraná que cruza Foz do Iguaçu no sentido leste/oeste. Cruzamos a fronteira pela ponte Internacional Tancredo Neves e a carreta foi estacionada no pátio da Aduana Argentina na cidade fronteiriça de Puerto Iguazu. Conduzimo-nos até ao despachante para cuidar da liberação da papelada incluindo nosso Permício, documento exigido pela lei do MERCOSUL para que motoristas e turistas possam viajar livremente pelos países que fazem parte desse tratado.
         Tudo pronto.  Almoçamos em um quiosquezinho rústico ali perto e às 15h30mn nossa viagem rumo ao Chile finalmente começou. No trajeto de ida e volta, tirei 500 fotos - paisagens, rios, cidades, entroncamentos, rodovias, túneis, rebanho de vacunas, plantações, indústrias, mansões, favelas, montanhas desérticas, serras cobertas de gelo, cordilheiras..., todas foram postadas no meu Orkut  e no fotoblog nafoto.net  ao Chile.

Quiosque dentro de uma reserva florestal anexo a Aduana
em Puerto Iguazu e onde as carretas estacionam até que saia a documentação.
 
 
         Se falando em túneis não poderia deixar de registrar nesta altura da História o túnel subfluvial inaugurado em 13 de dezembro de 1969 com extensão de 2.937 metros (com variação de 32mt abaixo da superfície do rio)  unindo as cidades argentina de Parana, capital da província de Entre Rios com Santa Fé da Vera Cruz, capital da província de Santa Fé. Fotos e relatos do Túnel.  Parana.   Santa Fé.  
        
         Entre Rios é  uma província da Argentina e faz fronteira com as províncias de Buenos Aires (sul), Corrientes (norte), Santa Fé (oeste), e Concepción Del Uruguay, a (leste). Sua capital é Paraná. (250.000 habitantes), que fica a margem do rio Paraná. (Paraná – significa: “Padre de las Aguas”, ou Pai das Águas)
        
         Santa Fé é uma província da Argentina no centro-leste do país. A capital é Santa Fé da Vera Cruz com população estimada em 556 mil habitantes. A área da província é de 133.007km² e população, de 3.200.000 habitantes (censo de 2009).
         Tudo foi encantador. Cruzamos o país argentino do noroeste a oeste passando por seis Províncias e suas capitais. Todo o trajeto medido pelo velocímetro do bruto marcou 2.070 km de Foz do Iguaçu até a cidade de /Mendoza  capital da última Província argentina.

Posto de abastecimento em Mendoza - Argentina.
 
 
               Em Mendoza foi nossa última parada em território argentino. Os tanques das carretas foram abastecidos, tomamos banho (depois de pagarmos $2 pesos cada) R$0,86, fizemos nossa janta e enquanto saciávamos a fome conversamos com os colegas Serginho e seu Tião, motoristas das outras carretas que seguiam o mesmo destino. Lá pelas onze da noite fomos dormir e às cinco da manhã, depois da obrigatória ida ao banheiro, escovar os dentes e lavar o rosto enquanto os motores eram aquecidos. Tudo pronto e a viagem recomeçaram. Ainda estava escuro, mas tratei de deixar minha digital pronta para um eventual flagra. Era 03 de outubro de 2010. Depois de rodarmos cerca de uma hora o dia começou a clarear e as maravilhas foram se revelando ao longo da Ruta 7 cheia de montanhas desérticas. E eu estava ali! Como Deus quisera! Mais algumas horas e desceríamos as tão sonhadas Cordilheiras dos Andes. O meu amigo e irmão em Cristo, que me proporcionara esta aventura, de tempo em tempo me avisava, - fique com a máquina ligada, pois vêm mais coisas bonitas ai pra o senhor fotografar.
         Há nossa frente, uma montanha de cor amarronzada parecia nos acompanhar e à medida que o bruto avançava serra a cima ela ia aparecendo mais soberana, exorbitante, magnífica!

Na Província de Mendoza - Argentina.
Foto tirada por pastor Jônatas.
         Não demorou muito o Serginho e o seu Tião nos ultrapassaram, já que suas carretas, carregadas de elevadores estavam com menos da metade do peso que a nossa que estava carregada de guarda-roupas.  Depois de alguns quilômetros rodados e um clic aqui outro ali avistamos nossos companheiros de viagem estacionados em um posto de combustível e o Josias tratou de arrumar um cantinho para o seu bruto.  Entre um papo e outro, o Serginho me perguntou: - O que o senhor está achando da viagem, pastor? - Encantador, é maravilhoso tudo isso! Estou tirando fotos pra todos os lados, respondi. Intervindo na conversa, o Josias me alertou: - Pois prepare sua máquina porque as coisas mais bonitas ainda estão por vir. Fiquei apreensivo, pois achava que as altas montanhas e as curvas que já avia ficado para trás seriam as tão faladas cordilheiras.
         Seguimos a nossa viagem sempre subindo as serras enquanto a rodovia vai se desviando pelas depressões rumo ao desconhecido! (Desconhecido só para mim), já que o Josias e seus colegas fazem esse trajeto há mais de oito anos. Em fim, chegamos a um lugarejo fincado entre montanhas. À nossa frente pude ler em uma placa: BIEN VINDO A CHILE - e o Josias me disse: Pode descer pastor, estamos nas Aduanas Argentina/Chile, aqui o caminhão será vistoriado, pois não podemos entrar no país chileno com nenhum tipo de alimento cru, e além do mais temos que renovar nossos Permício.
         A entrada literal à República del Chile é pelo Túnel del Cristo Redentor que liga os países Argentina e Chile na região conhecida como Paso Libertadores, na cordilheira dos Andes localizada entre a província de Mendoza na Argentina e a província chilena de Los Andes.
         Este túnel situa-se à 3.175 metros de altitude com 3.080 metros de extensão, dos quais 1.564 correspondem ao território chileno e 1.516 ao argentino.  Foi aberto em 1980 ao lado de um túnel similar, construído no inicío do século XX para a linha Ferroviária Trasandino Los Andes-Mendoza. Devido à altitude em que se encontra, a passagem pelo túnel é dificultada nos meses de inverno pelas fortes nevadas que afetam essa região.
AS CORDILHEIRAS
         Tudo resolvido, Permício carimbado, o Bruto revistado, entramos na cabine e mais uma vez o Josias me avisou: - Ligue sua câmera que vamos descer as Cordilheiras. Já eram três da tarde do dia três de outubro de dois mil e dez. São 32 caracóis parcialmente encobertos de gelo; maravilhoso, encantador e amedrontador ao mesmo tempo! A sensação era de estar sonhando, mas não, a sena era real! Sim! Tudo era verdade. Ali estava o Jônatas com 63 anos vivendo literalmente uma realidade que certamente é o sonho de milhares de brasileiros, - fotografando cada detalhe, cada momento vivido; um privilégio que o meu Deus me proporcionou, do seu jeito, do seu modo, como Ele quis e quando quis!
         A Cordilheira dos Andes é uma vasta cadeia montanhosa formada por montanhas ao longo da costa ocidental da América do Sul com 8.000 quilômentros de extensão e é a maior cadeia de montanhas do mundo em comprimento. Tem em seus trechos mais largos 160 quilômetros do leste ao oeste. Sua altitude média é de 4.000 metros e seu ponto mais alto é o pico do Aconcágua com 6.962 metros de altitude.
         A Cordilheira se estende desde a Venezuela até à Patagônia, atravessando todo o continente da américa do sul,- Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia, - chamados países Andinos.
         Nos territórios da Colômbia e da Venezuela a cordilheira se ramifica prolongando até quase alcançar o Mar do Caribe. Em sua parte meridional serve de fronteira entre Argentina e Chile. Na zona central, os Andes se alargam dando lugar a um planalto elevado conhecido como Altiplano, partilhado pelo Peru, Bolívia e Chile. A cordilheira volta a estreitar-se no norte do Peru e se alarga novamente na Colômbia para estreitar-se e dividir-se ao entrar na Venezuela.
         Ao acabar de descer os 32 caracóis numa extensão de 7 km em linha reta, (37 km em ziguezague) o meu amigo comentou que é comum as pessoas sentirem dor de cabeça e zonzeira devido aos 6.962 metros de altitude. - Mas eu nada senti, respondi, absolutamente nada. Encantei-me com toda a beleza do lugar e assim não tive tempo de sentir zonzeira, Deus esteve presente ali para me abençoar e poder viver aquele momento único em minha vida.
COMUNICAÇÃO ENTRE ARGENTINA E CHILE
VIA CORDILHEIRAS
         Em janeiro de 1874 foi promulgada a lei que deu origem ao Trem Transandino, uma iniciativa privada e inovadora. Em primeiro de janeiro de 1887, as obras da ferrovia deram início do lado argentino e após dois anos do lado chileno. A obra, dirigida pelos irmãos chilenos Juan e Mateo Clark, sofreu atrasos significantes em sua realização, devido à construção de pontes e túneis. Após 38 anos, em 1910 foi concluída uma importante construção - o túnel ferroviário do Cristo Redentor com 3.200 metros de extensão.
         O trem Transandino começou a circular em 1927 entre as cidades de Rio Blanco no Chile e Las Cuevas na Argentina, chegando aos Andes em 1953. Em 1978, 25 anos mais tarde foi interrompido o transporte de passageiros e em junho de 1984 foi definitivamente abandonado a operação do transporte de cargas, em função das avalanches que causaram grandes desastres. Na década de 80 foi inaugurado o túnel para veículos ao lado do túnel do Trem Transandino no qual eu tive o privilégio de passar!
MONTE ACANCÁGUA
         O monte Aconcágua - Sentinela de Pedra - tem 6.962 metros de altitude, e é simultaneamente o ponto mais alto das Américas. Fica localizado nos Andes entre argentina e Chile a cerca de 112 km da cidade de Mendoza e 75 km de Uspallata, e foi justamente aí que eu tive o privilegio de passar e fotografar de ida e volta nesta encantadora viagem ao Chile. Para mais informação acesse o site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cordilheira_dos_Andes
LOS ANDES - CHILE
 
 
         Depois de um breve relato de tudo o que vivi até aqui, chegamos em fim à Los Andes a leste do País del Chile e a primeira cidade importante do país com 60.000 habitantes (2010). Los Andes é a capital da Província de Los Andes e onde está a Aduana terrestre. Eram cinco da tarde do dia três de outubro de dois mil e dez.

Flagra em Los Andes - 06/10/2010. Por Pastor Jônatas.
 
 
         Após tomarmos uma ducha o Josias preparou o nosso jantar - não posso omitir que ele é um exelente cozinheiro, e que, eu não levo jeito, mas fazia de conta que o ajudava - em quase nada para ser bem honesto. Alimetados, fomos passear no Shoping que é anexo à Aduana, ligados por uma passarela, ponto extratégico para se fotografar principalmente a uma serra proximo dali que na maior parte do tempo está coberta de gelo. Foto a baixo.

Foto tirada de cima do pasadizo. Por Jônatas
 
 
         Depois do almoço do dia seguinte a carga foi deslacrada e autorizada a seguir para Santiago, capital chilena a 100 km de Los Andes e onde seria descarregada. Imediatamente saímos da Aduana rumo a capital, passando primeiro no centro da cidade afim de apanhar o senhor Jorge que trabalha como guia (chapa, como normalmente é conhecido aqui no Brasil). E olha que o seu Jorge conhece cada pedaçinho do território chileno. Entre um entrave e outro, três horas depois chegamos ao nosso destino. O combinado era de que a carga seria descarregada naquele mesmo dia o que por informações desencontradas não aconteceu e o jeito foi se virar na janta e no banho.
         Como o depósito onde iriamos descarregar estava em lugar um pouco isolado da cidade, tivemos que pedir permissão ao segurança de um Clube ali perto para tomar banho. Se bem que um funcionário do deposito nos disse, antes de se auxentar do serviço que havia deixado um banheiro a nossa disposissão, mas na hora do banho, cadê a água quente que não tinha! Antes que eu esqueça me mermita contar que durante o dia até que dava pra tirar a blusa, mas de manhã e ao aproximar a tarde o frio empurrado pelo vento que desce das Cordilheiras é intenço. Para falar a verde, eu passei muito frio mesmo. Hove uma noite em que eu, apesar de toda a proteção não dormi de tanto frio que senti. Contei pro Josias já bem de manhã e ele ficou uma fera comigo. - Disse que poderia ter ligado o motor do bruto que por sua vez acionaria o ar quente, mas não quis encomodá-lo. As vezes eu ficava ali fora da cabine enquanto ele preparava o café da manhã ou qualquer das outras refeições porque seria ante-campanherísmo ficar escondido do frio dentro do caminhão e só descer depois que tudo estivesse pronto, mas que não era fácil, não era não, você pode acreditar.
         Deixando o frio para trás vamos continuar nossa história. No dia 5 do mesmo mês a carreta em fim foi descarregada e, depois de um telefonema vindo do Brasil fomos informados que carregariamos de volta ao nosso país na cidade de Curicó a 250 km de Santiago pela Ruta 5 Sur. Já passava do meio dia, horário chileno, quando a carreta ficou descarregada, e segundo o seu Jorge, nosso guia, se a gente almoçasse primeiro poderia perder muto tempo e não daria para carregar no mesmo dia. Resolvemos então seguir para Curicó onde só chegamos às 5 da tarde (hora do Brasil), 4 da tarde, hora local. Enquanto os fucionários da empreza carregavam o caminhão, “preparamos” o almoço pra matar a nossa fome; afinal de contas, diziam os antigos: Saco fazio não para em pé, e também aproveitei para registrar em fotos as paisagens ao nosso redor, o carregamento do caminhão e até os carregadores que aprovando a idéia fizeram pose para as fotos.  Liguei pra Loide minha esposa e para o Enéias meu filho para saber como estavam e passar a eles as minhas noticias. (O Josias, magoado com a esposa, por não ter atendido ao celular na sua última ligação, nervoso, não ligou mais a ela). Lembrando que a Ruta 5 Sur, (Auto Pista) corta o País de sul ao norte, rumo ao Peru e parte dela é planície o que faz render a viagem.

Na foto à esquerda, de camiseta azul, meu amigo Josias.

Funcionários carregando a carreta em Curicó - Chile.

         Enquanto isso o seu Jorge, nosso chapa orientava aos carregadores para que a carga ficasse bem distribuída na carreta por causa das balanças existentes ao longo  do nosso trajeto.
         Mais uma vez o Josias me fez lembrar que esta viagem era um presente oferecido por ele como recompença pelo que eu e minha esposa haviamos feito por eles em Foz do Iguaçu, quando na época enfrentava grave crise financeira.
         Com o Bruto carregado com Cereja em Calda, às 6 da tarde, horário chileno, partimos de volta a Los Andes com apenas uma paradinha em um restaurante  a margem da Auto Pista para comprar créditos para o celular, já que ele, a medida que troca de país troca também o chip do celular, e é lógico aproveitei para tirar mais fotos. - Bom. celular com crédito, fotos tiradas, e como ninguem estava com fome seguimos nossa viagem.
Eu e o senhor Jorge no Restaurante
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  Restaurante à margem da Ruta 5 Sur
PARQUEADERO EL CORDOBES
         Parqueadero é o nome que se dá ao local destinado para o estacionamento das carretas onde os motoristas aguardam a liberação para entrarem na Aduana, lacrar ou deslacrar a carga e pegar a documetação que autoriza a entrada e saida de produtos.
RUTA ou RN
         As rodovias chilenas e argentinas são chamadas Ruta, ou RN, (Ruta Nacional) e as rutas principais, parecidas com a nossa Castelo Branco, são chamadas Auto Pista. E uma das coisas que me chamou a atenção é que, tanto as rodovias comuns quanto as Auto Pistas são iluminadas, principalmente nos trechos de maior indice de precipitação de neve ou de cerração. A Auto Pista que corta o Chile de sul a norte, rumo ao Peru se chama Panamericana - Ruta 5 Sur.
Ruta 5 Sur ou Auto Pista Panamericana
 
Auto Pista Panamericana que margeia a cidade de San Fernando.
            Chegamos a Los Andes à meia noite, (24h00mn), e fomos direto ao Parqueadero. Preparamos um delicioso café com pão para reforçar o estômago - lembrando que o nosso almoço foi às 6 da tarde... Então, pois é! Os pães de lá não são nada saborosos em comparação ao nosso pãozinho francês. Os chilenos consomem muitos tipos de pães, mas não gostei de nenhum deles, com exceção de um tal “Sopaipilla” preparado com farinha de trigo, fermento, margarina e calabaza (Moranga da casca grossa) e frito em Azeite de oliva bem quente; eu até me arrisquei prepar uma receita em casa o que alguns gostaram e outros não.

Sopaipilla - Um dos pães chilenos.
         O “apartamento” não era 5 estrelas, mas eu até que dormia bem. É bom que o Josias não leia esta parte de nossa história, mas tenho que revelar um “segredo”. Por favor, não conte a ele que reclamei, porque, ele me cedeu o melhor lugar onde eu podia espichar tranquilamente as pernas, enquanto ele, coitado, dormia meio encolhido em uma cama improvisada encostada ao painel da cabine.
         No dia seguinte, levantamos bem cedinho, escovamos os dentes, lavamos o rosto e enquanto o Josias preparou a lona para ser lacrada e eu que nada fazia mesmo aproveitei para fotografar o rio Colorado que corre em alta velocidade destilando-se das cerras nevadas rumo ao Oceano Pacífico. 

Eu à margem do Rio Colorado - Chile
         Tudo pronto, a carreta foi estacionada à margem da Rodovia e o piloto internacional encaminhou a documentação ao escritório da Aduana Terrestre. Enquanto aguardávamos a liberação paramos um taxi, (coletivo alternativo) que segue apanhando passageiros em número de quatro, rumo ao centro da cidade cobrando $600 pesos por passageiro (R$2,13), 30/11/2010. Fomos conhecer Los Andes, capital da Província de Los Andes e aproveitar para comprar suco de Damasco, fruto comum no Chile para trazer de presente aos meus dois filhos e também para saborear com minha esposa aqui em nosso país. Depois de caminharmos pelas las calles (ruas) do centro, e entrarmos em algumas lojas, entramos também no Supermercado Jumbo sempre aproveitando para comparar preços com os nossos aqui do Brasil. O arroz, por ser pouco consumido pelos chilenos, é vendido em embalagens de um quilo ao preço de $1.200,00 (cerca de R$4,31). Tomate, R$6,00, feijão, R$9,00. Carne de vacuna, (gado) R$29,00. De um modo geral, os preços dos produtos alimentícios são muito caros.
         A liberação não saiu e tivemos que dormir mais uma noite no Parqueadero, dar mais uns cliques e aproveitar o tempo para rascunhar o que pretendia registrar em “A HISTÓRIA DE JÔNATAS”.
         É impressionante a quantidade de carretas brasileiras que transportam produtos industrializados para o Chile e de lá trazem o cobre, o vinho, poupa de frutas, sucos, frutas em calda, frutas cristalizadas, areia vulcânica para fabricação de filtros, etc. (informações obtidas junto aos carreteiros). O País é bastante montanhoso e gelado com algumas regiões de planície.
         Hoje é dia sete de outubro de dois mil e dez e de ontem para hoje foi a noite que mais passei frio em toda a nossa viagem. Tanto que não consegui dormir, mas tudo bem, afinal eu viajei bem orientado de que aqui é assim! E mais um dia se foi à espera da liberação para lacrar a lona que protegia a carga que tinha como destino, Curitiba, capital paranaense. São quatro da tarde, o celular toca e é o despachante que estava do outro lado da linha avisando que deveríamos subir para finalmente lacrar a carga o que só ficou pronto às seis da tarde, (hora local).
         Por favor, peço encarecidamente, não comente nada com o Josias, mas esse meu amigo reclama de tudo; ligava para a esposa 3, 4 vezes durante o dia, e não satisfeito lá pelas tantas da noite, olha o homem ligando de novo sô! Só para dizer: - preta, faz tempo que to tentando ligar e você não atende! - tá tudo bem aí? E as crianças, já foram dormir? Te amo, Beijos. Que coisa sô. Nunca vi tanta gamação!
         Meu relógio tá marcando vinte horas e já tomei meu banho. O Josias emburrado porque a muié não atendeu ao celular foi agora para o banho e, como tá meio desnorteado não sei se dormiremos aqui ou se ele vai rodar a noite.
          Ainda tenho que escrever mais um pouco sobre as cordilheiras que aqui são chamadas de caracóis. São 32 caracóis descendo para o Chile ou subindo para a Argentina. A beleza deste lugar é indescritível e singular. Ao viver literalmente toda a beleza daqui pude sentir a glória de Deus em criar estas maravilhas e depois capacitar o homem para que este pudesse construir a rodovia facilitando sua transposição. Se é necessário ter coragem para descer ou subir as cordilheiras, mais coragem tiveram os que trabalharam em sua construção!
Cordilheiras dos Andes, 03 de outubro de 2010. Por: Pastor Jônatas
O POVO CHILENO.
         A minha convivência com o povo daquele país foi rápida e por isso não tenho autoridade para falar muito sobre ele, mas posso dizer sim que os chilenos são muito educados e atenciosos. As mulheres são mais sorridentes em relação aos homens. O Idioma é o Espanhol e não é muito difícil entendê-los.
         As Aduanas são nas fronteiras entre países e é chamada “PUERTO TERRESTRE”.
         Saímos de Los Andes às seis horas da manhã do dia oito e depois de rodarmos aproximadamente 100 quilômetros paramos a margem do rio Olho d’água, formado pelas geleiras que destilam das montanhas, a fim de apanharmos água para nossos reservatórios e aproveitamos para deliciar nosso desjejum. O frio empurrado pelo vento era cortante, mas mesmo assim desci o despenhadeiro auxiliado por uma corda improvisada pelo irmão Josias e aproveitei para fotografar as maravilhas ao nosso redor. Dentro de pouco tempo subiremos as cordilheiras, que neste ponto, se as informações tiverem corretas são sete quilômetros em linha reta, de subida. Nosso almoço foi em Uspallata, já em território argentino. Pão com mortadela de carne de Pavão e refrigerante. Às dezesseis horas chegamos a Mendoza, ponto de parada obrigatória onde todos os carreteiros abastecem os tanques de seu bruto.
Rio Olho D’água
         O comercio na Argentina fecha ao meio dia para o almoço. Agora são 4 da tarde e ainda não abril. Como precisamos abastecer nossa cozinha, vamos ter que esperar até as 17 horas, que, segundo informações é o horário estabelecido para que o comércio volte a funcionar. Como tivemos que ficar parados por um bom tempo, aproveitei para telefonar a minha esposa que ficara no Brasil e tirar mais fotos.
         Depois de 700 km rodados chegamos a Vila Mercedes às 21 horas. Saboreamos um prataço de miojo incrementado com farinha de milho e fomos dormir sem o tradicional banho porque não havia ducha no estacionamento. Dês de ontem o Josias está meio aborrecido porque se desentendeu com a esposa pelo celular e, me garantiu não ligar mais para ela. Com tudo, venho notando que a todo o momento ele pega o telefone, olha, olha e o guarda novamente, mas sempre olhando para ele, acho que na esperança de que o telefone toque e seja ela quem esteja ligando! Ontem à noite, antes de dormir o aconselhei bastante por causa das suas atitudes em ligar para a Alessandra várias vezes ao dia. O meu conselho deu resultado. Percebi que hoje foi mais prudente em suas lamentações, mas continua deixando transparecer a sua paixonite aguda! Acho que ele não vai honrar a palavra e acabará ligando. Se isso acontecer, te conto depois.   
         São 6 horas da manhã, e é hora de partir. Primeiro o tradicional xixi entre os eixos do bruto, lavar o rosto, escovar os dentes e pegar a estrada rumo ao Brasil. Depois de muitos quilômetros rodados chegamos a Rio Cuarto, cidade a margem de um rio com o mesmo nome, onde tomamos o café da manhã. Café é o modo de falar, porque na verdade tomamos chá com pão e mortadela de carne de Pavão, ou será que era de Peru? Depois do desjejum fomos ao Supermercado Valmat, já que era só atravessar a rua. Comprei um presentinho para a minha esposa e outro para a Thaysi, nossa neta que ficou morando com a gente depois da morte de sua mãe em 13 de junho de 2007. O Josias comprou pães para o próximo café e carne moída para o almoço. Tudo resolvido, tomamos à Ruta 12 e a carreta véia de guerra rodou, rodou até que às 14 horas chegamos a Las Varas, sempre na Argentina, onde almoçamos. Seguimos viagem e, até que lá pelas 21 horas chegamos à cidade de Federal, tomamos um gostoso banho, que por sinal já estava vencido, pois o último como contei anteriormente, foi há dois dias; jantamos e dormimos ali. A nossa janta foi apenas um lanche de pão com carne moída e café. A cinco e meia da manhã percebi que o Josias estava acordado, aliás, ele vinha dormindo mal a pelo menos duas noites devido ao problema que citei a cima. - Josias, se quiser seguir a viagem eu tentarei dormir mais um pouco, propus. Ele esquentou o motor da carreta e caiu na estrada, - mas não consegui dormir, o caminhão sacoleja de mais, e levantei logo. Em Paso de Los Libres paramos para abastecer. Segundo fui informado, esta cidade argentina dista quatro quilômetros de Uruguaiana - RS, e a 638 km de Puerto Iguazu na divisa com o Paraná.
         Nosso último almoço da viagem foi na sombra de uma árvore à margem da RN (Ruta Nacional) 12, perto do entroncamento que liga esta Rodovia a Barracão. Em Jardin America o Bruto foi abastecido pela última vez. Em nossa ida também paramos aqui para encher nossos reservatórios de água, e descansar.
Nosso último almoço da viagem.
         Nossa chegada de volta na Aduana de Puerto Iguazu foi às 20 horas e 30 minutos do dia dez de outubro. Ligamos ao irmão Claudio em Foz do Iguaçu que veio de carro nos apanhar, já que nosso bruto só entraria no Brasil com a autorização dos aduaneiros argentinos e isso só se daria no dia seguinte. Dei baixa no meu Permício e seguimos para a residência do irmão Josias onde só conseguimos chegar às dez da noite. Pior que ele havia discutido com a Alessandra pelo celular, ainda no Chile, e de birrinha honrou a sua palavra e não ligou mais para ela, e eu temia que o encontro dos dois fosse tumultuado, o que não aconteceu. Ao chegarmos, ela correu para a cozinha preparar nosso jantar e ele caiu nos braços dela! Jantamos, dormi e no outro dia a irmã Mônica, a pedido da irmã Alessandra me levou de carro até à rodoviária de Foz onde embarquei ao meio dia, e finalmente, de Campo Mourão para a minha cidade às 18 horas terminando a minha viagem ao Chile às 19 horas e 30 minutos do dia onze de outubro de dois mil e dez.
Pastor Jônatas Martins Lopes, a convite do seu irmão em Cristo, e amigo Josias Anacleto de Aguiar, viajou ao Chile em outubro de 2010. Direitos reservados ao autor. Janiópolis, 15 de dezembro de 2010. Em breve será lançado o livro: A HISTÓRIA DE JÔNATAS.

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